quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vem

Vem, meu bem, vem pra cama.
Vem dançar um tango (ou um jazz) estático.
Vem esquentar meu leitinho.
Vem ser minha hora de dormir.

Sejamos nossos, em um momento sem posses.
Sejamos felizes, na vida e na morte.
Sejamos doces, agora, no instante.
Sejamos fracos, se assim quisermos.

Bebamos o sangue de nossas vidas.
Comamos a carne de nosso ser.
Comunguemos o existir(,) antes(,) que(,) não(,) mais.
Façamos um caldo de gente: entrega-lo-emos ao mundo.
Vivamos o pouco que pudermos ser.

E sorriremos.
E seremos.
E nada mais importará. (Pra quem? Não sei: não me importo)

    Isso é viver.
    Isso é amar.

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