As bicicletas errantes transitam
tal rio eterno, cíclico.
Doce maciez de marfim preto,
volta no caminho que espera.
Correntes, ó! Correias de movimento
circular uniformemente variado, ou outro que sirva.
E o calor, ah! O calor da força de atrito
estático que movimenta esta besta genial.
Ai, bicicletas. De quê servem bicicletas
quando não são pedaladas. De quê, e não pergunto.
Liberdade presa por grades
de roda; raios de Zeus reprimidos
por Átila: bicicletas paradas.
Em seu reino de alumínio, o sexo encosta
rubi fino para começar a existir.
Possa este encosto de prazer reinar por muito
tempo, e que conquiste outros reinos
com seu calor. Amen
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Digitalização
Digitalizaram minha vida
Aleluia!
A poesia é virtual
Aleluia!
O sexo é virtual
Aleluia!
Há dor, ai!
Essa merda ainda é
Carnal.
Aleluia!
A poesia é virtual
Aleluia!
O sexo é virtual
Aleluia!
Há dor, ai!
Essa merda ainda é
Carnal.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Chuva
A chuva lava a alma / Deste Ateu que não acredita / em alma
minha existencia está presa
por grades.
lá fora, chove
Sangue:
vida.
trabalhar, estudar, comer
respirar, defecar, andar.
Nunca, jamais, viver
a alegria chove,
lá fora
o vento vive; eu
existo preso
atrás das grades
da vida
não tenho coragem de
pular
esta grade.
chove, lá fora,
a vida
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