a primeira vez que escrevi um poema com a voz.
a noite desce;
as nuvens passam;
é escuro.
e, em meu peito,
estou sorrindo.
vejo apenas formas:
não vejo cores.
o horizonte delimita-se
em luzes e sombras:
luzes estáticas;
luzes que passam;
sombras que matam.
e caminho por um ponto
- um ponto -
um ponto como outro qualquer.
um ponto onde não me sinto
pertencente
Ha!
Grande ironia!
agora que
aparelho, olhos e boca escrevem,
as nuvens param e
vejo um naco de dia.
e o ônibus vem.
e o ponto fica.
amen.
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