quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

psicopatias desejadas

E se eu quiser que, hoje, o Sol seja meu?

Não seja tola, Renata. O Sol num pode tê dono!

Ah, rapaz, vá! A consciência aqui
Sou Eu. Você não manda em nada não!

Mas, Renata!... Num é questão de mandá!
É só mesmo que o Sol não pode tê dono...

Cê qué vê? Qué apostá?

Mostra, então. Vamo vê.

(E a consiência afastou-se chorando desesperadamente, porque não sabia como explicar logicamente a posse solar.
Tinha explicações mitológicas aos montes, mas sabia que o Eu humano não seria capaz de entender bulhufas de conversa tão artística.
(Que nem você aí, lendo, que não entendeu nada do que isso tudo quis dizer, mas está com um risinho no canto do rosto, imaginando como o poeta poderia saber sobre tal incompreensão.))

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