quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu meto, tu metes, ele mete: um poema de meta(!)linguagem.

Eu gosto mesmo da poesia pela facilidade
com que se encerra o vôo de um passari...
de uma toupeira. Isso, o vôo de uma toupeira.
Quer ver?

A toupeira voava.
De repente, achou sua amiga cadela nadando que nem rosa, num deserto
de algodão-doce-líquido.
Mergulhou do céu para o deserto líquido, e nadou junto.

Viu? E tudo acaba quando chega o ponto final!
Genial, não?

E tem também a facilidade em fazer brotar Sol da pedra.
Repare:

Era uma pedra triste: parada, esperava pensando na ponta do porto.
Um belo dia, chega o estivador e lança a pedra no mar
(o bicho tava sem ter o que fazer...).
A pedra chega no fundo do mar e gosta daquele gelado, e daqueles
peixinhos que passam por ela:
fica tão alegre, mas tão alegre mesmo, que começa a brotar Sol dela...

Fala, isso não é o máximo? E eu nem vou colocar ponto final nessa última estrofe,
pra pedra poder ser feliz, e brotar Sol, eternamente.

Só preciso agora terminar esse poema:
(ponto final).

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