I - Sobre a bunda.
Ô mãe!
Cocô é sujo?
É filho, por quê?
Então tem que lavar a mão
quando pega nele, né?
É filho, mas não pega não.
...
Ô mãe!
Se quando a mão tá suja a gente lava,
por que é que a bunda a gente
limpa?
Porque...
É, sei lá, num é o que a bunda faz?
Passa o dia segurando cocô?
II - Sobre o tempo.
Ô mãe!
O relógio gira
ainda, ou de novo?
De novo, filho.
Mas então, por que é
que hoje sempre é hoje?
O hoje de hoje é diferente
do hoje de ontem?
(Como é que é?)
É filho, sei lá!
...
Ô mãe!
Se o hoje é sempre hoje,
quando é o amanhã?
Depois do meio da noite, filho.
Mas aí não é hoje?
Hoje de novo, ou hoje ainda?
Ai, mãe! Eu não tô entendendo
nada!
(E eu então, cacete)
....
III - Sobre a beleza de ser criança.
Ô mãe!
Posso ir jogar videogame?
Pode, filho.
Brigado, mã. Te amo.
(Eu é que agradeço!)
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