sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ia passando alegremente.

Quero sangue. Sangue
em meu corpo.
Quero sangue. Sangue
pelas calçadas.
Quero sangue. Sangue
pelo ar.

Quero que a vida pulse, com sua ferida helicoidal;
Quero que a cidade vibre, como no momento genial;
Quero que os campos pasmem, na rotina bestial;
Quero que a gramática se assuste, ao chegar no ponto final.

Quero sangue para matar
minha sede de sangue.
Quero morte para agitar
meu coração moribundo.
Quero agito para ir
à puta que nos pariu.

Resumindo: quero apreciar
a beleza e o perfume
de um lírio.

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