sábado, 26 de março de 2011

lista

Abraços (largos e gostosos);
Sorrisos (sempre sinceros);
Interesse (sempre sincero, de novo);
Carinhos (quem não gosta de carinho?);
Ouvidos (sempre atentos);
Brownies (de café, nozes, chocolate, etc);
Livros (para compartilhar a alegria da poesia);
Ocasional falta de ar (nada muito grave);
Ocasional taquicardia (nada muito grave, de novo);

A Verdade. Sempre.

E é só isso que sei dar de presente pra quem me ama...
Nem adianta pedir outra coisa.

quinta-feira, 24 de março de 2011

esperar

ao fundo, o prenúncio dum
carro sendo roubado;

ao lado, pássaros brincando
de serem felizes;

à frente, universitários andando
escandalosamente pela vida.

e há apenas silêncio em meu peito.
aquele triste e recente silêncio
de não ter te escutado hoje.

segunda-feira, 21 de março de 2011

eu sinceramente não entendo certas convenções sociais

Oi.

Oi?

É, oi.

Por quê(?) oi?

Pra cumprimentar, ué.

E precisa?

Do quê?

De cumprimento, oras!

Ah, precisa. Não?

Ah, menino, me deixa em paz, vá.
Cê complica de mais as coisas.
(começa a esbravejar pra si)
Quanta confusão!
Nunca chega no ponto, fica só no "oi".
Oi!
Coisa irritante!

(e o menino sai sem dizer o que tinha ido dizer.)

terça-feira, 15 de março de 2011

você também tem disso?

sinto inveja, às vezes.

o tchãrãvs é que 
só sei sentir inveja de mim mesmo.

claro! há sempre uma parte de mim que sabe 
qual é o certo.

aí virou-mexeu, eu faço o errado.

sinto inveja de mim mesmo...

saco. queria ser mais como eu.

segunda-feira, 14 de março de 2011

sobre o jogo perto do lago

Existe um menino perto da lagoa.
Ele mora por ali.
Não sinta pena, não sinta nada.
Ele mora por ali porque quis.

Esse menino gosta de jogar.
Mas não é qualquer tipo de jogo.
Ele joga só o jogo de jogar o corpo inteiro.
Foi assim que aprendeu a brincar.

Ele tem bem uns 7 anos, talvez um pouco mais .
Desconsideremos, entretanto, sua pouca idade: ele tem um problema de gente grande.
Tanto jogou o corpo inteiro, que esqueceu que a alma e o coração estão no corpo.
E ele não entende o perigo que essa parte do jogo trás.

Às vezes, é verdade, ele joga bem.
Joga no lugar certo, e lá tem alguém pra segurar.
Quando acontece a segurança, que delícia.
É da alegria dessa seguridade que nasce tudo de bom do mundo.

Mas, não nos enganemos, outras vezes ele erra.
Joga no lugar que parece certo, mas não é.
PA!
E o menino morre um pouco (não de corpo. Só de alma e coração).

Quando isso acontece, ele volta pro lago.
Lá tudo é bonito (tem até uns barquinhos: brancos e diferentes de tudo).
Lá ele guarda as alegrias das seguridades acertadas.
Mas isso não revive a parte morta do menino.

E o menino não desiste.
Ele sempre joga de novo esse jogo de jogar tudo de si.
E sempre acha que vai acertar.
E nem sempre acerta.

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"E eu com isso?", você deve estar se perguntando.
Bem, se o menino errar mais muitas vezes, ele vai morrer.
E tudo de bom no mundo pode acabar junto dele.
E isso seria um problema.

"Bom, então fala pra ele parar!", você deve ter pensado.
Mas, aí, tem outro problema.
Se ele nunca mais jogar e acertar, nunca mais teremos coisas boas novas no mundo.
E as coisas boas, depois de um tempo, podem ir ficando ruins.

"E agora?", é a pergunta que fazemos.
Pois é, não sei.
Pro menino, a chance do bom novo compensa o risco da morte de tudo.
E o fato é que ele adora o jogo, independentemente do resultado.


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Daí, o menino continua jogando.
Eternamente, jogando.
Não importa nada: estará ele jogando.
E você, quer jogar?

domingo, 13 de março de 2011

tratado definitivo sobre o gato

sempre ouvi.
sempre,
especialmente de avós:
a curiosidade matou o gato.

bem, dane-se!
sou gente,
e digo:
a falta de curiosidade mata gente.

com licença, então,
que eu vou passar com
minha felinidade humana,
e exijo respostas.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Humanidade

será que não era legal
se a gente parasse de
parecer ocupado,
e passasse a dar atenção
pra quem quer dar (tanta) atenção
pra gente?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Explicação político-literária sobre minha escrita.

Tenho sérios problemas em escrever coisas com personagens. Educa-sem-dor em formação, acho extremamente complexa e inadequada a ideia de mandar em alguém, decidir quê farão, coisas assim.

Rezo (ok, não rezo. Mas gostaria de ver surgir da lagoa) pelo dia em que as histórias escrever-se-ão sozinhas, sem a necessidade da ditadura da escrita autoral.

E é por isso que não escrevo coisas com personagens fictícios. Se escrevi coisas com personagens, é porque eles são reais - nem que seja na minha cabeça.

quarta-feira, 9 de março de 2011

?

ME-RES-PON-DE!

Moço, por quê que você tá gritando com a árvore?

Por quê? Por quê, você quer saber?

É, por que gritar com a árvore?

Pra ter respostas, filho.

E quais são suas dúvidas, moço?

Ha! Diga-me você: quais não são as suas?

...
...
ÁRVORE, ME RESPONDE! Por favor,
responde. Por favor, árvore.
(e a voz do menino foi sumindo em dúvida. uma dúvida tão grande que ele nem sabia quê perguntar.)

(e homem e criança abraçaram-se, em choro, sem resposta.)

(e a dúvida está congelada, até hoje, no jardim: o abraço deles morfou-se árvore.)

(e é esse o mistério da vida.)

terça-feira, 8 de março de 2011

na minha cabeça, fez sentido tudo isso

quê que você pensa, Renata?

que você é um tonto, Daniel.

nossa, por que isso?

Não Importa. Não Adianta.
afinal, é assim mesmo que te amo!
(e é assim mesmo que Você ama...)

ah, então tá bom...

graça

se eu quero,
se eu quero.
o quê quero
é declarar
amor eterno.

e aí,
#comofas?

sábado, 5 de março de 2011

keys to a good relationship

Read closely. Soon enough, you'll understand.
friendship
understanding
caring
knowing
inventiveness
nurturing
generosity


#trollface

pois é,

é que quando você é a
companhia no sonho, abrir o olho acaba sendo
a morte.

quarta-feira, 2 de março de 2011

poema da análise do papel


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