sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Palavrão

Vamos lá, mais um poema que pode ofender as mentes mais conservadoras. Se você tem problemas com a dita linguagem coprolálica, recomendo que esta postagem seja ignorada.

Eu avisei.

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(Por que  bosta é só uma palavra)

Porra, caralho,
Bosta, puta barata.
Merda, cuzinho,
buceta, fodeu,
e agora?
E o palavrão é uma palavra.
E o palavrão é uma palavra.

Bicha, viado, 
baitola, moça.
Sapata, viada,
rainha de copas.
E o palavrão é uma cultura.
E o palavrão é uma cultura.

Fascista, nazista,
machão, racista.
Elitista, riquinho,
Proselitista de merda.
E o palavrão é um discurso.
E o palavrão é um discurso.

Cristão, pagão,
ateu à toa.
Judeu, budista,
Fundamentalista.
E o palavrão é uma arma.
E o palavrão é uma arma.

E o palavrão é uma palavra;
E o palavrão é uma cultura;
E o palavrão é um discurso;
E o palavrão é uma arma;

E o palavrão é uma bosta.
É uma bosta.
É uma
bosta.

Bosta.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tranqs, manolo

Ostra feliz não faz pérola - Rubem Alves
Sabe, minha vida tem estado tão
tranquila, com tudo indo tão
certinho, que nem tenho tido
nada pra dizer.

Ainda estou vivo, ok?
Mas não tem nenhuma pedrinha
no meu sapato, nada qu'eu precise
resolver no momento.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobre a Flor / Poema Fora de Ordem

Como, então, falar da flor
e de sua beleza,
se atrevo-me a privar-lhe de sua feiura,
do fedor de sua morte podre.

Toda flor carrega em si um quê de morte.
Toda morte carrega em si um quê de homem.
Sê completo, pois, morre!

Ora, flores, lindas que são, também
são colocadas sobre túmulos.
E, abaixo, nada.