sexta-feira, 30 de abril de 2010

Caros Leitores,

Tentei, o máximo que pude, não utilizar o blog para conversar com ninguém. Porém, tenho dúvidas e pedidos que gostaria de compartilhar.

Inicialmente, quero saber o que vocês pensam sobre a possibilidade de que eu venha a publicar um livro impresso. Para responder a esta pergunta, sugiro o seguinte: classifiquem a postagem seguindo a legenda:
Ótimo = Publique um livro dos poemas que já estão aqui;
Bom = Publique um livro de poemas inéditos;
Regular = Misture os publicados com alguns novos;
Péssimo = Não publique livro nenhum. Continue apenas com o blog.

Em segundo lugar, um pedido: por favor, lembrem-se de opinar sobre os poemas que vocês lêem! Sei, por sistemas de coletas de dados de tráfego, que este blog é acessado por algumas poucas centenas de pessoas, de vários lugares do Brasil e até alguns outros pelo mundo. Porém, o retorno que tenho é mínimo. Pode não parecer, mas o simples fato de clicar em uma das opções aqui em baixo já ajuda muito quem escreve como eu.

Em terceiro lugar, abusando um pouco da boa vontade de vocês, pedir também que deixem comentários. É interessantíssimo saber como um texto atinge as pessoas. E, aí, não é só a mim que isso interessa. O espaço dos comentários é muito bom para trocar experiências, sentimentos, frustrações, etc. com outros leitores e com os autores. Experimentem, não só aqui. Grande parte da graça da chamada Web 2.0 está nessa possibilidade.

Finalmente, quero esclarecer uma dúvida que surgiu em algumas pessoas recentemente: meu blog TEM licença de uso, é registrado pela Creative Commons. Tudo o que é publicado aqui pode ser copiado, colado, e editado. Só peço que respeitem a autoria (com meu nome e um link para o blog), e que NUNCA se faça uso comercial dos meus textos e imagens. Para mais detalhes, vocês só precisam clicar na imagem da CC que fica na barra da direita aqui do blog. Lá vocês encontraram até um código HTML que facilita o trabalho de citar a autoria.

Bom, era isso o que eu tinha para compartilhar. Agradeço a atenção, e peço desculpas pelo possível mau uso do espaço. Pretendo não voltar a fazer isso tão cedo.

keep reading,
Daniel Nascimento

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Recomeço

Pois se tudo é só, se
tudo é único, se
o rio nunca é o mesmo,
não há recomeço.


Tudo nasce, existe, morre.
Amanhã, outra coisa nascerá, existirá, morrerá.


Para onde vai o tempo que passa?
Quem sabe? Só temos o hoje, para fazer o novo.
Nunca fazemos de novo, sabendo o ontem já morto. 


Nada é retorno. É tudo sempre o simples espanto de
ser.


Tome isso cara amiga: invente a vida a cada dia.
Seja, conquiste, cresça. Viva, sempre o novo.


Nunca tente de novo. Isso
seria inútil.


À amiga Giovana Rocha Murilo

Acta est fabula

So, this is it. Friends, undone
by will, by heart, by life.

All is said. Nothing is understood.
All is tears, and yet we smile.
All is gone, but nothing ever left.

Love is like this, I guess:
the pursue, the wishing, the caring,
the emptiness inside us being filled.
Then, one day, the emptiness grows:
it`s over: I love you, but don`t.

Who am I to say anything?
Maybe, I`m the only one capable of saying something, maybe not.
Only time will tell...

Only time, the great friend, will tell.
By now, acta est fabula.
I love you, but don`t.
Bye, good friend. I wish you
nothing
but the best.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Se fossem

Uma borboleta e um
suspiro: a chuva que sobe do concreto quente no fim da tarde.
O Sol e seu
calor: poros amados para serem lidos em braile.
Um sorriso e outro
choro: sorrir de tanto chorar, e chorar de tanto sorrir.

Caros crentes, se fossem, estes
seriam meus deuses.
Mas não são.
Aceitem: não tenho deuses.
Vivo apenas vidas.
Apenas vivo vidas.
Vivo vidas apenas.
Por quê complicar?

Madrugada

São 5:47, ainda é madrugada.
Lá fora, vejo pela janela,
tudo é nuvens, sombras
e formas pouco definidas.

Cá dentro, sinto em meu peito,
sou gêmeo à madrugada.

Os cientistas e a experiência
confirmam: em 18 minutos, o Sol
haverá aparecido novamente.

E eu, quando voltarei
a ter uma luz para
alimentar minhas plantas?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Interfone no fim de tarde

Descabelados, suados, cansados,
fedidos: sujos.
Assim estávamos. Porém,
do amor faz-se o belo
e, na loucura vespertina, nada
importou senão o toque.
Qual delícia ouvir o som do interfone,
correr, te encontrar. Não importa como,
só importa que pude te amar.

Inclusive palavras trocamos,
palavras de dúvida e confusão.
Foi só o beijo começar, foi
só o toque acontecer, para que
nenhuma palavra mudasse nada.
Nos resolvemos e nos encontramos
na delícia louca do amor.

Interpretação? Não, não, cara amiga:
isso é mesmo estimação.

Sexo

Sexy, ou não, é tudo uma questão de tara.
Simples assim.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Para cima!

Para cima!
Vamos, vamos!
Para cima!

Assim crescem as árvores:
sempre para cima(!).
Por que será?
Quê diabos elas procuram tão
alto lá no céu?

Os biólogos costumam dizer que
está tudo relacionado com hormônios e Sol.
Eu prefiro acreditar que é a busca
eterna pelo novo, pelo desafio.
Se estiver certo, as árvores não serão nada
diferentes dos homens.

Nós também, descontentes com a simples
alegria de ser, precisamos crescer e descobrir,
sempre indo para cima.
Não podemos aceitar nosso tamanho e nossa humanidade.
O natural do homem virou negar a naturalidade,
sempre querer mais.

Na natureza, não basta ser verde:
é preciso ser verde e alto.
Ou, pelo menos, é assim que pensamos,
nós e as árvores.

Para cima!
Vamos, vamos!
Para cima!

sábado, 10 de abril de 2010

Política

O problema do Brasil está no
fato de sermos governados em um
sistema Foderativo.

Assim mesmo: com F maiúsculo.

Quase poema de filosofia

É próprio dos grandes homens serem humildes.
Humildade é o não reconhecimento de sua própria grandeza.
Os pequenos não podem ter tal sentimento.
Humildade é a coisa mais arrogante do homem.

Por isso, sou foda.
E você,
É humilde?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Não acredito em deus (mas isso não o impede de acreditar em mim)

I
Com Omo, lavamos roupas;
Com Chuva, lavamos almas.

Pena que os homens aprendem tão
bem sobre a importância de lavar as roupas,
mas se esquecem da delícia que é lavar as almas.

II
O que adoece é ficar em casa.
Para resfriados, um bom descanso e
um carinho já bastam.

III
Todo poema é um grito de deus.
Sendo todos surdos, existem pessoas
que conseguem sentir gritos com o
resto do corpo.

Estas pessoas recebem o nome de
Poetas.

IV
Maldito seja aquele que inventou
os minutos.
Por mim, o tempo deveria ser
contado em sorrisos e choros.



Foi isso o que deus gritou para mim
nesta manhã.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Poema de (pelo menos) 2 horas de leitura

Atenção: se você não tem 2 horas disponíveis, 
não leia este poema agora. Volte quando as tiver.

no fim da ciência, 
o fim. 
no fim da religião, 
a vida eterna. 
no fim do homem, 
a alegria. 
"qual eu prefiro?" 
no fim do dia, 
a grande pergunta...